O vestuário feminino pelo olhar da estilista Sybil Connolly

terça-feira, abril 18, 2017

Quem é essa tal de Sybil Connolly?

Para ser honesta, há pouco tempo atrás se alguém me perguntasse sobre esta estilista, não saberia responder. Conheci a Sybil Connolly através de um pequeno vídeo onde algumas modelos vestiam suas peças, e gostei bastante. Mesmo sendo de 1950, suas peças ainda continuam belas, elegantes e de uma classe indiscutível; uma visão exemplar do que já foi abordado aqui em nosso blog sobre atemporalidade no vestuário feminino.

Fui pesquisar um pouco mais sobre essa estilista e, para minha surpresa, descobri coisas bem interessantes que valiam à pena serem divulgadas, principalmente pelo fato de não ter encontrado muita coisa (quase nada) em sites brasileiros sobre Sybil. Além, é claro, de ser mais uma oportunidade de inspiração.

Sybil Connolly (1921 - 1998) foi a primeira estilista irlandesa a ser reconhecida internacionalmente. Ela modificou o jeito que as mulheres sofisticadas se vestiam. Sem dúvida a sua marca registrada eram as plissagens e pregas em tecidos de linho e renda Carrickmacross[1]. 

"Eu preciso ver o movimento em um vestido", ela disse uma vez. "O corpo de uma mulher está aí dentro. Ela respira. Ela se move".

No site Womens Museum of Ireland (Museu da Mulher Irlandesa) fala que Sybil, em sua infância, estudou no convento das Irmãs da Misericórdia. Ela era uma mulher religiosa, que sempre antes de apresentar suas novas coleções tinha que pedir a um padre que abençoasse. Na verdade, Sybil também redesenhou os hábitos de três ordens de freiras e um perfume inspirado por ela foi criado por um grupo de monges galeses.

Hábito desenhado por Sybil Connolly
A visão de Sybil Connolly para o vestuário feminino não se adaptou ao mundo da moda acelerado que conhecemos muito bem. Ela se sustentou ao longo dos anos dizendo que "a boa moda não precisa mudar". Ela se recusou ao novo fenômeno das mini-saias, firmando-se no que Christian Dior[2] lhe havia dito: "Uma mulher deve mostrar suas curvas, não suas articulações". Ela também detestava as calças e não conseguia entender por que a nova geração "começou a deliberadamente se vestir tão horrivelmente".

"Moda e modéstia deveriam caminhar juntas como duas irmãs, porque ambos os vocábulos tem a mesma etimologia; do latim 'modus', quer dizer, a reta medida, além e aquém da qual não se pode encontrar o justo." (Papa Pio XII).

Agora é hora de se inspirarem com as belíssimas peças desenhadas pela estilista Sybil Connolly. Todas essas imagens são de antigas edições da Vogue.








Um abraço no coração e fique com Deus. Salve Maria!


[1] O Irish Carrickmacross Lace, caracteriza-se por uma aplicação, à mão, sobre uma renda industrializada preexistente. Sua origem é até recente – data de 1820 – na região irlandesa de mesmo nome.

[2] Christian Dior foi um importante estilista francês. É o fundador da empresa de vestuário Christian Dior S.A., uma das mais famosas da moda mundial.

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