A Sabedoria e Perversidade das Mulheres

quinta-feira, maio 07, 2015

A insanidade de muitos adesivos de carro continua a me surpreender. Pegue, por exemplo, um que proclama que "mulheres bem comportadas não fazem história." Como  frase de efeito não é sensata, nem nos dar muito o que digerir mentalmente.  Ela, no entanto, provê alimento para pensamentos tolos e irreflexivos. Assume-se que fazer história é bom e que ser bom não é bom. Isto é, de fato, tão tolo quanto impensável.

Adolf Hitler fez história. O mesmo aconteceu com Átila, o Huno. Se fazer história é algo bom, então ser bom não é importante, eu presumo que podemos considerar que Hitler e Átila tiveram uma vida bem sucedida. O mesmo pode ser dito dos terroristas islâmicos, assassinos em série, e pilotos de avião com distúrbios mentais que chocam seus aviões em montanhas. Em um nível puramente maquiavélico, isso faz sentido, mesmo que ela só faça sentido se somos insensíveis ao sofrimento das incontáveis vítimas desses tais homens que fizeram história.

É evidentemente verdade, portanto, que o mau comportamento masculino faz história. Mas, e as mulheres? O adesivo do carro parece estar dizendo que, para fazer história, as mulheres precisam se comportar tão mal quanto os homens que fizeram história. Mulheres precisam lutar contra os "Macho-Nazis" tornando-se "Femi-Nazis". Elas precisam lutar contra o ufanismo patriótico de Átila, o Huno,  com o ufanismo "matriótico" de Átila, a Huna!

Diante de tamanha superficialidade do fascismo, podemos ser tentados a dizer, que essa ideia de fazer história, vá para o inferno com aqueles que a fazem! Tal reação é, no entanto, muito apressada, porque é muito reacionária. O ponto que temos que destacar é que o adesivo está errado em sua afirmação de que "as mulheres bem comportadas não fazem história." Pelo contrário, as mulheres bem comportadas estão sempre fazendo história, mas não da forma que Hitler fez história. Nem na maneira que de algumas mulheres tiranas como à Bess Sangrenta (Elizabeth I) fez história. Elas fazem a história por meio de maternidade, ensinando seus filhos e maridos como serem comportados e educados. Elas fazem a história, de acordo com um aforismo que é muito mais antigo do que qualquer adesivo e muito mais sábio do que qualquer coisa inventada pelas feministas. Elas fazem a história, porque são as mãos que balançam o berço que governa o mundo.

O silêncio mais poderoso de toda a história é o silêncio da mão balançando o berço.

Uma sociedade que é verdadeiramente saudável, é sempre influenciada por um senso de matriarcado. É uma sociedade em que as mulheres são fortes e virtuosas, e que criam seus filhos para serem fortes e virtuosos, são esposas bem comportadas que dominam as paixões desordenadas de seus maridos mal comportados. A sociedade mais saudável é a de patriarcado, na qual hoje a força dos homens se encontra em uma desordem, porque o poder das mulheres bem comportadas tem sido enfraquecida. A sociedade mais doentia de todas é aquele em que as mulheres desejam levar uma vida desregrada com os homens.

Em suma, não precisamos de uma sociedade em que as mulheres se comportam tão mal quanto os homens, o que parece ser a lógica das feministas que inspiraram a loucura e insanidade do adesivo no vidro traseiro do carro.

Precisamos de uma sociedade em que o silêncio dos cordeiros é mais poderoso do que a violência dos carneiros. Precisamos da mão que balança o bebê no berço, não a mão que joga fora o bebê com a água do banho ou a mão que mata o bebê no útero. Precisamos de uma sociedade que sabe que a mão que balança o berço é a rocha sobre a qual a sociedade está segura. Em outras palavras, precisamos de uma sociedade que saiba que o patriarcado só pode existir se estiver situado no seio do matriarcado.

E vamos tirá um minuto para refletir sobre a conexão entre o patriarcado e o matriarcado com pouco mais de cuidado. De acordo com as normas medonhas do feminismo, o problema é que a sociedade é patriarcal e que o patriarcado é paternalista em relação às mulheres. A raiz do erro feminista é que elas não fazem distinção entre homens e paternidade, misturam os dois termos para que eles sejam utilizados como sinônimos. Na realidade, porém, o patriarcado não é possível em uma cultura civilizada se for condescendente para com as mulheres, porque o patriarcado (a regra do pai) é impossível sem o matriarcado (a regra da mãe). Para que um homem se torne um pai, ele precisa do consentimento e da cooperação de uma mulher que quer se tornar uma mãe. É somente em sociedades não civilizadas, o tipo de sociedades defendida pelas feministas, em que os homens se tornam predadores, procurando usar as mulheres e abusá-las sem o desejo ou a responsabilidade da paternidade. Em sua defesa fanática de contracepção e infanticídio, as feministas de fato declararam guerra ao patriarcado (o poder da paternidade), mas apenas à custa do matriarcado (o poder da maternidade). Para colocar um ponto final no assunto, sem rodeios, elas declaram guerra a paternidade, desprezando o pai e matando a criança.

Não é de admirar que João Paulo II chamava nossa época, lamentavelmente, de cultura de morte. É mortalmente terrível, não só porque ele mata bebês e denigre a paternidade, mas porque mata-se em uma devassidão sem sentido e suicidamente.

A antítese de tal absurdo horrível e o antídoto para o seu veneno pode ser encontrada na Santíssima Virgem Maria, a mulher que é a maternidade em personificação. Não é à toa que ela é homenageada na Ladainha de Loreto como sendo a sede da sabedoria, o espelho da justiça, e a causa da nossa alegria. Ela é a mais sábia das mulheres que desfez a maldade de Eva. Ela não é apenas uma mulher bem comportada, que fez história, mas é a mulher mais comportada em que toda a história verá. Sancte Maria, sedes sapientia, ora pro nobis! (Santa Maria, Sede da Sabedoria, rogai por nós!).

Texto original do site The Imaginative Conservative.

Tradução: Larissa Maria

Um comentário:

Tecnologia do Blogger.